Em mais uma entrevista, Pedro Passos Coelho vai mostrando ao que vem. Para além dos costumeiros lugares comuns, que poderiam ser debitados por qualquer cidadão minimamente informado, ou por um aluno do primeiro ano de Economia, quando tem que falar sobre assuntos/medidas sensíveis e que implicam a perda de popularidade junto de franjas significativas do eleitorado, pela dureza que lhes está subjacente, vem à tona a sua veia demagógica, para não lhe chamar outra coisa.
Passos Coelho sabe (espera-se) que as despesas com pessoal na função pública, correspondem à fatia de leão na despesa primária do estado, e que esta é de longe a que maior contributo tem para o desequilíbrio das contas públicas. Ao sugerir a "injustiça" no congelamento de salários dos funcionários públicos, está a assumir que não subscreve este caminho, entre outros. Das duas uma, ou Passos Coelho não acredita no que diz, ou acredita. Qualquer uma das alternativas não abona muito a seu favor, e apenas contribui para minar o caminho de quem vai ter tomar medidas duríssimas nos tempos que se avizinham.
Ler entrevista na totalidade aqui.
"A good archer is not known by his arrows but by his aim"
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