Já há algum tempo que estou para escrever alguma coisa acerca deste intrigante comentadeiro, que nos últimos tempos vai pululando por vários orgãos de comunicação social, ora como paineleiro no Eixo do Mal da Sic-Notícias, em que consegue ser claramente o elo mais fraco, façanha improvável, quando desse painel faz parte Clara Ferreira Alves, ora como comentador no Bloco Central da TSF, e ainda cronista no Diário do Governo (também conhecido como Diário de Notícias). Nunca percebi muito bem esta ascenção meteórica nos nossos média , já que se trata claramente de alguém que para além de uns disparates ditos sempre num tom muito assertivo, tem no seu ar bonancheirão e até simpático a principal característica positiva. O problema é que, ao que parece, este simpático rapaz está nesses programas como representante da "direita moderna", coisa que ninguém consegue descortinar, a não ser com muito boa vontade, ou quando dá mostras do seu empolgamento quando o tema é Passos Coelho.
Hoje, depois de ler isto, não resisti, e resolvi escrever sobre esta luminária. Atente-se nesta sua reflexão:
Então agora aproveitavam-se escutas de uns processos para gerar outros? E pode-se escutar um Primeiro-Ministro sem autorização de um juiz do STJ e sem que se saiba para quê?Mas está tudo doido?
Será que este jovem não percebe, que no âmbito de uma investigação, é possível "tropeçar" numa escuta, e que se dessa escuta resultar a existência de indícios de crime, este deve ser investigado, independentemente de ser o Zé dos Anzóis ou o Presidente da República? Não percebe, que mesmo que tal escuta não possa ser usada como meio de prova, por meras questões processuais, uma vez descortinado um qualquer indício de crime, deve iniciar-se uma nova investigação? Pelos vistos, na cabeça deste "pensador", a substância do que se escuta não interessa nada, mesmo que tal escuta tenha sido obtida de forma perfeitamente legal, já que um dos intervenientes na conversa escutada é suspeito de ter praticado uma série de crimes, decorrendo nesse âmbito, um processo de investigação com mandato judicial.
Que alguns acessores do governo, utilizem um argumentário deste género, não estranho. Vindo de um promissor representante da "direita moderna", só por patetice se pode entender.
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